terça-feira, 7 de abril de 2009

Turma animada para o trabalho!











Bioética e Reprodução Humana


O objetivo da reprodução é a geração de novos indivíduos. Atualmente podem ser utilizados dezenove diferentes critérios para o estabelecimento do inicio da vida de um ser humano.
As tentativas de realizar procedimentos de reprodução medicamente assistida foram iniciadas no final do século XVIII. Em 1978 estes procedimentos ganharam notoriedade com o nascimento de Louise Brown.
A partir de 1990, inúmeras sociedades médicas e países estabeleceram diretrizes éticas e legislação, respectivamente, para as tecnologias reprodutivas.
Os aspectos éticos mais importantes que envolvem questões de reprodução humana são os relativos à utilização do consentimento informado ; a seleção de sexo; a doação de espermatozóides, óvulos e embriões.
A inseminação artificial, a fecundação in vitro e a engenharia genética são estágios conseqüentes de uma revolução biológica cujo produto final poderá, se nenhuma providência for adequadamente adotada, ser a ectogênese, ou seja, o que atualmente é definido como o "hipotético desenvolvimento do embrião em sede extracorpórea.
Ainda nesse contexto não se pode perder de vista a ocorrência da "dupla paternidade", ou seja, a existência de um pai genético e de um pai legal. Vale acentuar, nessa matéria, a doação de gametas não é idêntica à doação de sangue: o sangue é totalmente absorvido pelo corpo de um terceiro, enquanto que o gameta, além de ser absorvido, perpetua a pessoa do doador na criança".
O desenvolvimento da genética humana não ficou, no entanto, delimitado pela problemática da inseminação artificial ou da fecundação in vitro. Outras questões, de não menor relevo, surgiram a demandar o necessário equacionamento, tal como:
Diagnóstico pré-natal
Desde as primeiras semanas da gravidez já é possível diagnosticar anomalias cromossômicas e, portanto, verificar a realidade de enfermidades hereditárias. O diagnóstico pré-natal traz à colação a questão da interrupção da gravidez quando dá concreto embasamento à conclusão de que o nascituro possa nascer com problemas graves e irreversíveis.
Os mesmos procedimentos técnicos, que permitem comprovar a presença de enfermidades genéticas graves, podem ser empregados para determinar certas propriedades e qualidades não patológicas, dando motivo à montagem de um ser sob medida, ou melhor, permitindo o exercício não ao direito de ter um filho, mas ao absurdo direito "a um certo filho", com características pré-estabelecidas, de encomenda, em suma.
Alimentos Transgênicos
A época dos alimentos transgênicos. Benefícios ou riscos?
Produzidos através da tecnologia do DNA recombinante, que podem ser consumidos “in natura” ou manufaturados a partir de microorganismos, animais e plantas desenvolvidos em laboratórios. Isso torna possível, por exemplo, a produção em laboratório de um vegetal que sintetize uma proteína animal ou até mesmo humana. Paralelamente foi iniciada no Brasil o plantio de sementes transgênicas, com permissão da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio. Embora a regulamentação sobre a segurança dos transgênicos já esteja bem estabelecida internacionalmente, é necessário que os aspectos de informação e percepção pública do consumidor sejam intensificados, principalmente no que diz respeito à rotulagem desses produtos. Entre as vantagens dos produtos engenheirados, temos o exemplo das frutas que mantêm o sabor e permanecem com sua consistência por vários dias em temperatura ambiente e de vegetais produzidos sem a necessidade de se utilizar agrotóxicos. Mas há também problemas. Quando tentaram melhorar a qualidade nutricional da soja com genes da castanha do Pará, pessoas que nunca haviam comido a castanha passaram a apresentar alergia quando ingeriam a soja modificada. A polêmica não pára aí e várias questões podem ser levantadas. E se fosse introduzido um gene de amendoim em um outro vegetal, e uma pessoa, alérgica ao amendoim, consumisse esse produto e, por não estar devidamente informada, desenvolvesse uma reação alérgica grave? A questão sobre genes de resistências para antibióticos merece uma reflexão a parte, o que aconteceria semicroorganismos do nosso estomago ficassem imediatamente resistentes a antibióticos? Isso causaria um problema de Saúde Pública.
O que existe, na realidade, é uma falta de dados atuais e mais consistentes sobre os efeitos colaterais de tais alimentos..Afirmar que a Engenharia Genética e em especial os alimentos transgênicos é uma prática cientificamente segura é um exagero, até porque a tecnologia é muito nova.
O potencial das técnicas da Engenharia Genética é ilimitado mas a sociedade precisa estar informada sobre os seus principais benefícios e riscos. Só assim poderá influir no que é seguro e ético de ser liberado para o consumo.

Bioética e Reprodução Humana